Já pode abandonar o lápis para delinear o contorno e esquecer a maquiagem permanente nos lábios. Afinal, a área de estética avançou, atualizou-se e trouxe uma novidade que promete aprimorar a cor, dar a sensação de volume e rejuvenescer os lábios. Isto, sem provocar um visual artificial. Trata-se da técnica de micropigmentação labial – que virou febre entre as famosas por todo o mundo e chega como uma alternativa para quem deseja um aspecto mais natural.
Conforme explica a médica dermatologista Letícia Bortolini, o procedimento lembra o de uma tatuagem, com a diferença de que não é permanente e nem atinge a camada mais profunda da pele – o efeito temporário dura em média de oito meses a um ano.
“A técnica consiste em utilizar uma pequena caneta de micropigmentação (o dermógrafo) – que é semelhante à de sobrancelha –, mas com uma tinta específica para os lábios. Assim como ocorre com a sobrancelha, é uma tinta que vai se reabsorvendo ao longo do tempo. Não é uma tatuagem. Uma agulha finíssima vai depositando o pigmento nos lábios, com movimentos leves e superficiais”, comenta.
Leticia Bortolini ressalta que para obter um efeito natural cada pessoa precisa ser analisada pontualmente pelo profissional. “Ele irá avaliar a coloração da pele e do lábio da pessoa para poder aplicar a tonalidade adequada. Inclusive, se você fizer o lábio inteiro com uma determinada coloração, é possível mudar completamente a cor dele. Deixá-lo mais corado. Pessoas que possuem lábios mais acinzentados, por exemplo, podem deixá-los mais rosadinhos”, destaca.
MICROPIGMENTAÇÃO VS. PREENCHIMENTO LABIAL
A médica dermatologista esclarece que, por vezes, o resultado do procedimento de preenchimento labial é confundido com o que se espera da micropigmentação.
“Muita gente tem dúvida em relação a isso. Acham que o preenchimento irá pigmentar o lábio, pois o ácido hialurônico hidrata os lábios. Sim, ele é um produto que tem capacidade de absorção de água. Logo, quando o ácido é aplicado, ele deixa o lábio mais corado por uns dias. Mas, não fica o tempo todo”, enfatiza.
De acordo com Letícia Bortolini, a micropigmentação acaba agregando benefícios ao preenchimento labial. “As pessoas possuem a ilusão de que o preenchimento é capaz de deixar mais marcado o desenho do lábio daqueles que o apresentam mais apagadinho. Pelo contrário, quando a pessoa fizer o preenchimento irá qualquer defeito – se não é bem pintado feito com o lápis – no contorno irá aparecer. Nesses casos, indicamos a micropigmentação”, esclarece.
NOVA TÉCNICA DE PREENCHIMENTO LABIAL
Enquanto gerações mais experientes desejaram ter lábios como os de Angelina Jolie e Scarlet Johanson, as mais novas têm Kylie Jenner e Anitta como inspiração na hora de ultrapassar um pouquinho o contorno ao passar o batom. No entanto, há uma diferença entre elas. Se Angelina e Scarlet foram naturalmente favorecidas, Kylie e Anitta reconheceram publicamente usarem procedimentos para dar mais volume à boca.
A relação transparente das jovens celebridades com o público no que diz respeito ao preenchimento labial acabou difundindo também a busca por métodos que proporcionam o aumento do volume da região. Tanto que, recentemente, uma nova técnica tem chamado a atenção de quem está cogitando passar pela intervenção: a LipLush Technique.
Conforme explica a médica dermatologista Letícia Bortolini, existem diferentes técnicas seguras e indicadas para o preenchimento labial, mas elas tinham suas restrições. “Quando começaram a aparecer na mídia lábios volumosos como da Kylie Jenner, Kim Kardashian e Anitta, muitas pacientes se espelhavam nelas. Entretanto, com as técnicas tradicionais, elas acabavam se frustrando com o resultado por preenchermos com 1 ml – o que, normalmente, é padrão”, ressalta.
A médica dermatologista destaca que, agora, com os avanços na área, a LipLush Technique prevê um resultado estético mais fiel ao imaginário feminino. Isto, com o embelezamento dos lábios dando um pump natural, além de suavizar rugas finas. À base de ácido hialurônico, o produto foi criado especificamente para a região, com densidade mais baixa [basicamente um líquido] – diferente de outros preenchedores que são mais densos, granulosos.
“Esse procedimento é bem específico. Determinam-se os pontos exclusivos que receberão o preenchimento para deixar o lábio natural, mais volumoso, estruturado e, é claro, levantar aquele sorriso triste – o cantinho do lábio que fica caído. E há diferenciais na aplicação. Tem profissionais que injetam de fora para dentro, outros que fazem o inverso. Há quem utilize cânula no lugar de agulha”, comenta.
Letícia Bortolini complementa que técnicas como o micropreenchimento também chegam como opção ao processo. “Essa técnica utiliza dois tipos de preenchedores: um mais fino para fazer contorno e rejuvenescimento da pele labial [parte externa] e outro mais denso para proporcionar o volume interno. Até porque não adianta preencher e dar volume sem dar suporte para o lábio – deixando aquelas ruguinhas de ‘código de barra’”, pondera.
De acordo com a médica dermatologista, poucas são as contraindicações para os procedimentos e devem ser avaliadas em conjunto com o profissional. “São as mesmas contraindicações de quem faz outros preenchimentos. Uma delas são as coagulopatias – mais sangramentos na região –, o que não é necessariamente uma contraindicação absoluta. A única contraindicação absoluta está relacionada às pessoas que têm doença do colágeno”, sinaliza.