As brasileiras adoram cuidar das unhas. Bastar observar a quantidade de salões de beleza – repletos de manicures – que se encontram pelas cidades. Isto, sem mencionar as novidades que vivem surgindo. Uma alternativa cada vez mais comum para quem possui dificuldade em manter as unhas compridas é a aplicação de unhas postiças – de versões em gel, porcelana até acrílico.
Conforme ressalta a médica dermatologista Letícia Bortolini, muitas pessoas ainda têm dúvidas acerca do universo das unhas artificiais. Tanto que a profissional alerta que é preciso desmistificar mitos e esclarecer o que é verdade sobre o tema. “O fato é que todas as mulheres querem ter unhas bonitas e esmaltadas. Mas, o que vemos é que muitas têm unhas frágeis e não se conformam em não tê-las compridas e lindas. Até que surgiram as unhas artificiais, cujos mitos ainda existem”.
Letícia cita alguns exemplos. “Um dos mitos é que a unha artificial dá micose. Quando há má higiene envolvida, ela pode até facilitar. Mas, não será a principal causa. Outro mito diz respeito ao fato de que as unhas naturais ficarão péssimas quando retiradas as artificiais. Não é verdade. Desde que removidas por um profissional e com cuidado, tudo ficará bem. Agora, arrancando em casa é claro que vai prejudicar a unha natural”, destaca.
A médica dermatologista ressalta que, sim, recomenda-se um
intervalo entre a remoção e o novo uso das unhas. “É verdade que as unhas
naturais precisam de uma pausa para se renovar, mas é mito que a unha precisa
respirar. Afinal, unhas não têm pulmão. A pausa também é válida para observar
se há alguma alteração nas unhas, pois doenças sistêmicas podem dar sinais
nesse local. Se estivermos em uso das unhas artificiais, não enxergaremos”,
ponderou.
Se você está para decidir se adere às unhas postiças ou não, Letícia Bortolini
dá um conselho. “Sabemos que o esmalte dura mais nas unhas artificiais, o que é
mais um atrativo para aplicá-las. No entanto, é verdade que os materiais usados
nessas unhas podem causar alergia. Inclusive, pessoas com a pele sensível, com
psoríase da unha ou alguma infecção, por exemplo, devem evitar seu uso. Isto,
pois o trauma pode piorar uma doença da pele ou unhas”, explica.
Por outro lado, abandonado essa chance e as contraindicações, o essencial é optar por um profissional habilitado e de confiança para aplicar as unhas artificiais, bem como para realizar a manutenção que elas exigem. “Às vezes, os itens se soltam um pouco, o que deixa orifícios e permite que a umidade entre por meio deles. Infelizmente, isso cria um ambiente propício para a proliferação de fungos e bactérias. Mantenha-se atenta e com as unhas em dia”, sinaliza.